“Nosso objetivo é que ela seja tão consciente, criativa e capaz como qualquer ser humano.”
Duas equipes de cientistas
desenvolvem, de forma paralela, os robôs mais parecidos com seres humanos que
você já viu. Pesquisadores da Hanson Robotics, nos Estados Unidos, e do Hiroshi
Ishiguro Laboratories, no Japão, trabalham a fim de combinar sistemas superinteligentes
e feições humanas a fim de criar aquilo que eles apostam como elemento-chave na
relação entre humanos e máquinas no futuro.
Nos Estados Unidos, o doutor
David Hanson e a sua equipe de engenheiros e designers criaram a Sophia, robô
com visual inspirado na esposa de Hanson e também na atriz Audrey Hepburn. Ela
é capaz de interagir com o seu interlocutor, conta com mais de 60 expressões
faciais e traz câmeras em seus “olhos” que permitem a ela fazer contato visual,
se localizar e até mesmo reconhecer indivíduos.
Ela conta ainda com um sistema
de reconhecimento de voz igual ao do Google Chrome e o seu criador trabalha
junto de empresas como Intel e IBM a fim de implementar novas funções ao robô.
“Nosso objetivo é que ela seja tão consciente, criativa e capaz como qualquer
ser humano”, comenta Hanson. “Estamos desenvolvendo estes robôs para servir na
área de assistência médica, terapêutica, educacional e em serviços de
atendimento ao cliente.”
Androides
sonham com ovelhas elétricas?
A clássica obra Androides
Sonham com Ovelhas Elétricas, do autor Philip K. Dick, foi adaptada para o
cinema pelo laureado diretor Ridley Scott sob o nome de Blade Runner – O
Caçador de Androides. Na trama, Richard Deckard (Harrison Ford) é um caçador de
androides que acaba se apaixonando por um androide, levantando uma série de
questões éticas a respeito desse tipo de “vida”. Para o doutor Hanson, o nosso
futuro trará uma relação cada vez mais intensa entre humanos e androides, que
serão praticamente indistinguíveis entre si.
“A inteligência artificial vai
evoluir a um ponto no qual eles [os robôs] serão verdadeiramente nossos
amigos”, comenta o pesquisador. “Não de um jeito que vai nos desumanizar, mas
de uma forma que nos reumaniza, que reduz a tendência de distanciamento entre
pessoas e nos conecta tanto com pessoas quanto com robôs”, defende.
Imagem
e semelhança
No Japão, o doutor Hiroshi
Ishiguro vem criando uma série de robôs que terão diferentes aplicações na vida
real. A ideia é que eles atuem na recepção de hotéis e em outros locais
públicos e também na interação com pessoas com demência e crianças autistas.
Para o primeiro caso, Ishiguro desenvolve máquinas iguais a seres humanos; para
o segundo, o visual é mais lúdico.
No entanto, a grande criação
do japonês é o Geminoid, um robô gêmeo feito à sua imagem e semelhança. A
máquina é controlada por um computador e, pasme, foi desenvolvida para auxiliar
em estudos sobre a humanidade. “Nós somos mais autônomos e inteligentes, é
isso”, comenta Ishiguro a fim de destacar o que nos diferencia das máquinas.
E a tendência é que tudo isso
se expanda ainda mais nos próximos anos, com mais iniciativas do gênero. Apesar
de quase tudo estar apenas em fase inicial, é impossível não se lembrar das
distopias de ficção científica, como Blade Runner, Eu, Robô e Ex-Machina
ao ver tantas movimentações neste sentido.
Você acha que as máquinas superinteligentes
representam um avanço ou uma ameaça para a humanidade?
Deixe a sua opinião nos
comentários.
Fonte: Canatech
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