65% dos empregos existentes em 2030 ainda não existem em 2016, ou estão começando a surgir timidamente agora.
A evolução extremamente rápida
da tecnologia faz com que o retrato da nossa sociedade seja bem diferente a
cada dez ou quinze anos. Hábitos mudam radicalmente, bem como a forma de nos
comunicarmos e também de nos relacionarmos, e o mercado de trabalho também
acompanha essas mudanças.
Por exemplo, até alguns anos
atrás quase ninguém se imaginaria fazendo transporte de pessoas pela cidade por
meio de um aplicativo de celular e ganhando dinheiro por isso, mesmo sem nenhum
vínculo empregatício. Hoje, a Uber já conta com pelo menos 10 mil motoristas e
promete fazer com que esse número suba para 30 mil ainda em 2016. Outro exemplo
são os especialistas em mídias sociais: muitos desses profissionais vieram do
mundo da publicidade e do marketing, e boa parte deles não imaginou que
trabalharia diretamente com a internet quando decidiu prestar o vestibular.
Para Ayah Bdeir, CEO da
Littlebits e especialista em invenções domésticas, acredita que 65% dos
empregos existentes em 2030 ainda não existem em 2016, ou estão começando a
surgir timidamente agora. A executiva listou cinco empregos hoje considerados
estranhos que poderão ter bastante relevância dentro de quinze anos.
Veterinário
e robô ao mesmo tempo
Dentro de 15 anos, é bastante
provável que os donos de gatos e cachorros acabem sendo atendidos por robôs no
consultório do veterinário. Não exatamente para fazer uma consulta, mas, assim
como a robótica e a inteligência artificial estão ganhando espaço na medicina
humana, é natural que essas tecnologias também sejam aplicadas em outras áreas médicas
- como a veterinária, por exemplo.
Desenvolvedor
de jogos comportamentais
Bdeir acredita que, nesse
futuro próximo, os jogos funcionais dominarão o mercado e, com eles, a ocupação
de desenvolvedor e desenhar jogos relacionados à saúde e comportamento surgirá.
E um game que tem sido responsável por melhorar casos de depressão, estresse e
ansiedade já em 2016 é Pokémon GO, que exige que o jogador se movimente por aí
se quiser capturar novos monstrinhos. Ao sair de casa, caminhar e interagir com
outras pessoas, os jogadores têm sentido sua saúde (física e mental)
melhorar significativamente.
Especialista
em “holotransporte”
Já que o teletransporte ainda
não existe, uma alternativa viável para uma pessoa “estar” em dois lugares ao
mesmo tempo, ou ser virtualmente transportada para outro destino, é a realidade
aumentada. E a Microsoft já vem trabalhando em uma tecnologia que levará o
indivíduo holograficamente a outro local, mais ou menos como quando o R2-D2
exibiu uma mensagem holográfica para a Princesa Leia em Star Wars - e o nome
que essa tecnologia ganhou por enquanto foi “holoportation”, algo como
“holotransporte” em português.
Então, dentro de quinze anos,
especialistas que dominam esse tipo de tecnologia serão mais do que necessários
nesse novíssimo mercado.
Engenheiro
climático
Enquanto no final do século XX
e nesses primeiros anos de século XXI a humanidade vem destruindo o planeta,
tendo de lidar com problemas climáticos relacionados ao efeito estufa, por
exemplo, Bdeir espera que dentro de quinze anos os futuros “engenheiros
climáticos” usem seus conhecimentos científicos e expertise com novas
tecnologias para, se não for possível reverter os danos que causamos, que pelo
menos consigam manipular o clima do planeta para amenizar a situação.
Uma possibilidade é a criação
de árvores artificiais para sugar o excesso de gás carbônico da atmosfera,
limpando o ar mais rapidamente do que se fossem feitas plantações de árvores
naturais - que levam anos ou até mesmo décadas para crescer.
Criador
de órgãos artificiais
Órgãos artificiais já existem
e muitos deles já foram devidamente implantados com sucesso em pacientes de
diversos tipos de doenças, mas essa tecnologia ainda é bastante nova e está
dando seus primeiros passos para, talvez dentro de quinze anos, se tornar “arroz
com feijão”. Produzir órgãos artificialmente reduz as imensas filas de espera
por órgãos verdadeiros, consequentemente salvando a vida de mais pessoas em
menos tempo.
Bdeir prevê que, em breve,
estudantes, médicos e cientistas unam forças e conhecimentos para criar órgãos
artificiais em massa em laboratórios, usando até mesmo as impressoras 3D.
Fonte: Canaltech
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