O prêmio Nobel é o maior reconhecimento que um cientista pode receber,
representando a premiação maior pelas descobertas e conquistas acadêmicas. O Ig
Nobel, por sua vez, já não é tão glamuroso, celebrando aquelas pesquisas que
podem até ter um fundamento sério, mas que também têm um tom mais bizarro ou
simplesmente ridículo.
Foram divulgados os pesquisadores que foram agraciados com o Ig Nobel
deste ano, e você pode conferir quem são eles e quais são suas obras abaixo:
Medicina: o prêmio vai para um grupo da Universidade de Lübeck, na Alemanha.
Eles perceberam que se você colocar uma pessoa com uma coceira em frente a um
espelho e fazê-la coçar o lado errado de seu corpo, a coceira passará.
Economia: os pesquisadores Mark Avis, Sarah Forbes,
and Shelagh Ferguson receberam o prêmio por medir e avaliar a
personalidade de pedras. Parece estranho, mas os cientistas partiram do
princípio que marcas também têm personalidades, inspirado no modelo que divide
em cinco aspectos a personalidade humana. Os pesquisadores observaram que o
método para identificar a personalidade de uma marca também poderia ser
aplicado a pedras.
Química: Esse prêmio foi para o desempenho mágico dos motores da Volkswagen, que
criou um software que fraudava os testes de emissões de poluentes.
Curiosamente, ninguém da empresa se dignou a receber o prêmio.
Paz: O prêmio foi para os autores do artigo “Sobre a recepção e detecção de
mentiras pseudoprofundas” O
artigo se dedica a esclarecer o processo de construção de bobagens criadas
para parecer ter uma profundidade muito maior do que realmente têm, chegando ao
ponto de expor um tweet do guru Deepak Chopra como exemplo de como usar
palavras aleatórias não fazem uma frase ser profunda. Mais
especificamente, a frase abaixo:
“Atenção e intenção são as mecânicas da manifestação”
Os autores explicam um pouco sobre a frase: “Ela pode ter sido
construída para impressionar o leitor com algum senso de profundidade, sem a
exposição clara de um significado ou da verdade”.
Reprodução: foi uma premiação póstuma a Ahmed Shafik, que
vestiu ratos do gênero masculino com calças feitas de vários tecidos, incluindo
lã e poliéster para ver se isso afetava a quantidade de vezes em que eles
acasalavam. Também foram medidos os “potenciais eletrostáticos gerados no pênis
e no saco escrotal”. A conclusão foi de que fibras naturais são melhores para
os ratos. Posteriormente, ele colocou testículos humanos em uma tira de
poliéster e observou que o método poderia ser um contraceptivo eficiente por
aumentar a temperatura testicular.
Biologia: O prêmio foi dado em conjunto a Charles Foster e
Thomas Thwaites. O primeiro recebeu o prêmio por viver a vida selvagem como um
furão, uma lontra, um veado, e uma raposa e um pássaro, em momentos diferentes.
O outro foi premiado por criar as próteses que permitiram que ele se movesse
como uma cabra, possibilitando que ele passasse tempo vivendo com estes
animais.
Física: A premiação envolveu dois times distintos, que estudaram a percepção da
luz polarizada. Em um dos estudos, pesquisadores húngaros observaram que
libélulas não eram capazes de perceber a diferença entre uma lápide preta
polida e um pequeno volume de água, o que fazia com que elas vivessem em
cemitérios.
O outro estudo indica que cavalos brancos possuem uma vantagem sobre as
outras cores: acontece que as moscas que carregam um parasita do cavalo usam
luz polarizada para identificar seu alvo. Como a pele branca do animal reflete
a luz, as moscas não conseguem enxergar o cavalo muito bem.
Psicologia: Foi observado que os humanos possuem uma curva em U
invertida em diversos comportamentos ao longo da vida. Somos terríveis em
alguma coisa quando crianças, chegamos ao nosso auge durante a idade adulta e
pioramos novamente com a idade avançada. Isso foi observado em habilidades
analíticas, talentos atléticos e até mesmo na capacidade de mentir.
Literatura: Fredrik Sjöberg, por sua trilogia autobiográfica
que descreve “os prazeres de coletar moscas que estão mortas e moscas que ainda
não estão mortas”.
Percepção: O estudo tentava responder uma simples questão: as
coisas parecem ter o mesmo tamanho quando você se curva e observa elas pelo
meio das suas pernas? A resposta é não, e esta conclusão foi alcançada após
fazer algumas das cobaias usarem óculos que fazem a visão ficar invertida para
simular a sensação de se curvar. A conclusão é que a orientação do corpo
influencia a percepção visual.
Fonte: Olhar Digital
Postar um comentário
Agradecemos pelo comentário!