Após um ano e meio
de quedas sucessivas, o mercado brasileiro de smartphones finalmente voltou a
crescer. Pelo menos é isso o que apontam dados preliminares de um novo estudo
da IDC.
Segundo a empresa
de análise de mercado, as vendas de aparelhos cresceram 3,3% entre julho e
setembro de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. Com base nas
vendas do varejo nacional, a consultoria afirma que foram comercializados cerca
de 11,1 milhões de dispositivos.
Originalmente a consultoria esperava por 10,9
milhões de aparelhos vendidos no período e acabou sendo surpreendida com os
números. Para Diego Silva, analista de pesquisas da IDC, o resultado está
relacionado à retomada da confiança no mercado brasileiro. "Fabricantes e
varejistas perceberam que havia demanda consistente e fizeram lançamentos importantes
nos últimos meses", explicou.
Os smartphones da
linha Moto G são o melhor exemplo de como as coisas mudaram no mercado
brasileiro. Líder em 2013 e 2014, a linha era comercializada por a partir de R$
700. Neste ano, ela chegou às prateleiras custando a partir de R$ 1 mil
Desde o segundo
trimestre de 2015 que o mercado brasileiro de smartphones vinha se contraindo
devido a três fatores: crise econômica, desvalorização do dólar frente ao real
e extinção da chamada Lei do Bem, que voltou a valer no em junho deste ano. Com
isso, as fabricantes optaram por retirar do mercado os smartphones de entrada,
mais acessíveis ao bolso do usuário, e investir mais em aparelhos top de linha
e premium, com especificações mais robustas.
O melhor exemplo
dessa estratégia é o Moto G, que liderou o mercado em vendas em 2013 e 2014.
Naqueles anos, as versões do aparelho eram vendidas por cerca de R$ 700. Neste
ano, todavia, o aparelho mais básico da família G apareceu nas lojas custando
mais de R$ 1 mil.
Apesar de parecer pouco, os 3,3% de
crescimento mostram que o segmento está voltando aos trilhos depois de encolher
13,4% e vender apenas 47 milhões de smartphones em 2015. Agora, a IDC está
reavaliando suas projeções para o restante do ano, sobretudo porque o quarto
trimestre reserva datas importantes para o varejo, como Black Friday e o Natal.
"O varejo está otimista e estendeu a Black Friday para todo o mês de
novembro", disse Silva.
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